Metaverso não é só play-to-earn e já movimenta milhões no Brasil

Para além dos jogos que pagam em criptomoedas, o metaverso expande oportunidades de negócios nas mais diversas áreas
Alan Monteiro
março 11, 2022

Que o metaverso é uma das principais tendências de 2022 quando falamos de tecnologia, não é novidade para ninguém. O ambiente virtual imersivo já é uma realidade que, aos poucos, está conquistando seu espaço no mundo das novidades tecnológicas.

Gigantes internacionais como Facebook, Nvidia e Nike já apostam nesse mercado por meio de investimentos em plataformas digitais que permitem a criação de avatares 3D, espaços colaborativos para construção de metaversos e novas tecnologias para games, por exemplo.

No território nacional, o Banco do Brasil também lançou uma experiência virtual dentro do servidor do game GTA, por exemplo.

Diante de uma tendência tão latente, é natural que muitas startups se perguntem como acompanhar o novo cenário e manter a relevância de seu negócio em meio a tantas novidades. Especialistas de diferentes áreas comentam a seguir os principais pontos de atenção para as startups brasileiras neste novo momento.

 

Objeto de desejo

Para Lucas Schoch, fundador e CEO da Bitfy, o metaverso é um ecossistema de grande potencial ainda inexplorado, as ações ainda são incipientes com notoriedade do setor de games e da arte. Os grandes players do mercado começam a figurar em metaversos distintos, tendo como diretriz a venda de diversos itens, avatares, e terrenos, por exemplo.

Para o executivo, o que está provado até agora, porém, é a monetização deste mercado, onde se vê necessário a criação de uma carteira para armazenar os ativos, e assim a carteira de custódia própria da Bitfy entra no metaverso como realizadora.

Todas as compras neste mundo de realidade virtual são efetuadas através de uma NFT (moeda que circula no metaverso como meio de pagamento), obtida através de uma criptomoeda (geralmente o Ethereum), que posteriormente se transforma no objeto de desejo do usuário.

 

Conectividade e 5G

á no mercado da telecomunicação, Jotta Fernandes, CXO da mobtech Veek, entende que o papel das operadoras digitais é conectar o brasileiro de forma simples e acessível, utilizando a tecnologia 5G para tornar esse cenário possível.

“Junto a outras operadoras, a Veek trabalha para preparar o caminho desta tecnologia, já de olhos no futuro, enquanto observamos institutos chineses começarem os testes em redes 6G, alcançando a velocidade fantástica de mais de 200 gigabytes por segundo”, defende.

 

Avanços na saúde

Assim como muitas indústrias estão agora correndo para ter uma presença no metaverso, a saúde também caminha nessa direção, além do que já é. Formas de terapia que ocorrem usando tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada já são uma prática dentro do conceito de metaverso. Fisioterapia, terapia cognitiva e a própria telemedicina são exemplos desse avanço.

“Mesmo com especialistas dizendo que ainda pode demorar anos para chegarmos a um modelo ideal e completo do metaverso, já temos cenários do que a nova tecnologia pode proporcionar, inclusive alinhada ao 5G, que, por si só, já vai dar um upgrade em nossa navegação”, explica Rafael Almeida, gerente de produto da healthtech Saúde da Gente.

 

Novidades no e-commerce

De bancos ao varejo, a migração para o metaverso está acontecendo. Além disso, há aquelas que nasceram especificamente neste cenário, antes mesmo dele ficar “hypado”. É o caso da Code Coast, startup de realidade aumentada que tem como um de seus principais propósitos democratizar o uso da tecnologia no mercado de e-commerce brasileiro.

Para a era do metaverso, a empresa será uma prestadora de serviço e colaboradora para essa construção, pois abrange diversas áreas de atuação, tais como eventos e ações de mídia, varejo, imóveis, construção, dentre outras.

“O mercado de Realidade Aumentada no Brasil ainda é pouco explorado, o que nos deixa em um oceano de oportunidades e crescimento”, explica Ismael Nascimento, CTO da startup.

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