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O que esperar do metaverso para 2022 e além?

Alan Monteiro
março 22, 2022

Uma das palavras do ano em tecnologia é tão abstrata quanto empolgante. O “metaverso” ainda é um conceito pouco aplicado na prática, mas há alguns meses começou a ganhar o mercado. A sensação é de que, quase que do nada, toda gigante de tecnologia ou startup que lida com ambientes digitais quer desenvolver algo nesse campo ou já está nesse setor.

Porém, alguns dos projetos parecem mais avançados do que outros e já mostraram algum resultado em 2021, com potencial para serem materializados no ano que vem.

E você ainda tem alguma dúvida de que o assunto é quente? A expectativa do mercado é de que o metaverso industrial gere mais de US$ 540 bilhões até 2025.

A seguir, separamos algumas dessas expectativas e exemplos de investimentos no metaverso indicando que, apesar de controverso, o tema vai ser ainda mais presente em 2022 — inclusive aqui no TecMundo.

 

Meta, Facebook e trabalho remoto

A empresa de Mark Zuckerberg é uma das mais empolgadas com esse conceito, tanto que trocou de nome: Facebook agora é apenas a rede social, enquanto a empresa-mãe passou a se chamar Meta.

Enquanto tenta desviar do assunto dos vazamentos e críticas, o principal projeto da companhia no metaverso é o Horizon Worlds, uma plataforma de avatares que podem se reunir para conversar, jogar, fazer chamadas corporativas ou construir espaços virtuais personalizados.

Para permitir maior imersão, a marca está investindo pesado em dispositivos que permitam o acesso a esses ambientes, incluindo óculos de Realidade Aumentada e luvas táteis que reproduzem sensações de toque. Entretanto, todo o plano de Zuckerberg pode levar no mínimo cinco anos para ser materializado em sua totalidade.

 

Snap: correndo por fora

A Snap, empresa responsável pelo aplicativo Snapchat, também está em busca de virar uma referência em metaverso. A empresa está evitando usar essa palavra e tem melhorado os próprios projetos sem fazer muito alarde, mas está cada vez mais pronta para virar uma referência na área.

A companhia trabalha com duas frentes: melhorar o hardware com calma e atrair desenvolvedores parceiros com promessas de transparência e monetização. O primeiro passo é realizado com os óculos Spectacles, já na segunda geração, enquanto o segundo envolve atrair mais de 200 mil criadores de conteúdo em realidade aumentada, de emojis 3D a filtros para a plataforma.

O problema é que o Snap é cada vez mais um ambiente de nicho, que pode ser prejudicado quando empresas de maior visibilidade entrarem de vez no setor.

 

Niantic e o metaverso diferente

Mais conhecida por jogos como Ingress, Pokémon Go e Harry Potter: Wizards Unite, a desenvolvedora mobile Niantic também vai entrar na ideia do metaverso.

Já com bagagem e projetos de sucesso, a marca tem uma ideia diferente: além de trabalhar em projetos internos, ela recentemente apresentou o Lightship, um kit de desenvolvimento para que clientes possam criar ambientes de Realidade Virtual que incluam plataformas de metaverso.

O potencial é grande e envolve funções como mapear superfícies em tempo real e permitir interações com o ambiente em vários dispositivos simultaneamente.

O foco é em especial para aparelhos Android e iOS, o que pode ampliar o acesso em larga escala.

 

Metaverso em expansão: Roblox e Fortnite

Sempre que o tema é discutido, alguns exemplos aparecem como plataformas que já aplicam de alguma forma o conceito de metaverso, com ambientes digitais complexos, de múltiplas formas de interação e possibilidades ainda maiores de crescimento.

Um deles é Fortnite, o fenômeno da Epic Games. O game é hoje considerado mais do que um jogo no formato battle royale, com constantes parcerias com marcas, shows com artistas renomados e muitos planos por parte da desenvolvedora.

Já Roblox quer ampliar a faixa etária do público para adolescentes e jovens adultos. O hub de jogos e experiências tem “universos” inteiros, de jogos a simuladores, e já agrega um público bastante considerável.

Só que a empresa pretende adotar cada vez mais o termo metaverso e se colocar como um exemplo no setor, colocando as várias formas de comunicação como um diferencial.

 

Microsoft: de olho nas parcerias

Também menos badalada no setor, a Microsoft anunciou no final de 2021 um investimento em metaverso. Trata-se da implementação da plataforma de realidade mista Mesh no serviço de reuniões online da empresa, o Microsoft Teams.

A parceria interna vai permitir a criação de espaços imersivos para reuniões formais ou confraternizações, com avatares 3D capazes de reproduzir movimentos faciais do usuário.

Além disso, a gigante já estabeleceu uma aliança com a Samsung para ampliar o projeto do HoloLens, o headset da empresa, o que pode acelerar a expansão e popularizar o dispositivo. A sul-coreana também já deu os passos individuais com um app chamado Dreamground.

 

Mais projetos para ficar de olho

Não só das gigantes da tecnologia ou de empresas de nome vive o metaverso: empresas já na atuação há algum tempo, mesmo que não tenham utilizado o termo, já estão arrecadando uma verba considerável com essa empolgação em universos digitais.

A Decentraland, por exemplo, recentemente vendeu um “terreno virtual” que funciona em blockchain por US$ 2,4 milhões. O espaço deve ser usado para eventos digitais de moda e venda de roupas de avatares.

Outras companhias, como a The Sandbox e a CryptoVoxels, já movimentaram juntas mais de US$ 100 milhões na comercialização desses espaços, normalmente comercializados em forma de tokens não-fungíveis, os NFTs.

Até mesmo a plataforma de relacionamentos Tinder tem planos para a área, com a criação de novas formas de interação e até uma moeda virtual.

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